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Depressão: A doença confundida com tristeza

  • Nadine Bonavita
  • 8 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

Embora possam existir manifestações de tristeza na depressão, é de extrema importância que possamos diferenciar uma da outra. Tristeza corresponde a uma emoção natural e normal do ser humano, já a depressão é patologia. Ficar triste expressa uma reação básica afetiva a perdas, tragédias, injustiças e outras adversidades da vida que podem nos levar a questionamentos existenciais. Entrar em um período mais introspectivo, por vezes isolado e afastado pode contribuir para a busca de equilíbrio emocional. Isso pode durar dias, meses ou mais, mas com o tempo voltamos a conviver com o sofrimento e com a realidade de forma ativa e produtiva. Já a depressão é uma condição médica com fatores orgânicos e psíquicos relacionados. Existem alterações nos neurotransmissores da pessoa deprimida que contribuem para a manifestação da doença. Dentro de uma vasta lista de sintomas, os mais comuns são: apatia, humor triste, sentimentos de desesperança e pessimismo, baixa autoestima, falta de energia, perda de interesse e prazer nas coisas, dores crônicas sem motivo clínico aparente e em casos mais severos ideações e impulsos suicidas.


Como é possível ver, a tristeza é apenas uma expressão da depressão. E como diria Teles (2017), “quando se está triste, o mundo parece vazio e sem sentido, já na depressão você se sente vazio, e acha que não vale para nada, que não há sentido em nossa própria existência ”. Ou seja, a tristeza mostra a capacidade essencial de sentir, enquanto a depressão nos impossibilita de viver plenamente. Assim, se você fica entusiasmado quando pensa no final de semana, tem vontade de dançar quando escuta uma musica que gosta, animado em estar com os amigos e motivado a aproveitar o dia quando está sol, as chances de você estar com depressão são mínimas. Talvez possa ser preguiça, cansaço, mau humor ou alguma outra coisa que faça coerência com o seu estilo de vida. Caso contrario, vale a pena procurar um profissional para conversar.


Referência:


Teles, M. L. S. (2017). O que é depressão. Brasiliense.

 
 
 

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